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A TÉCNICA DO DESENHO – JAYME CORTEZ O decano dos maiores mestres do desenho nacional, Jayme Cortez, é português de nascimento e brasileiríssimo de coração. Jayme Cortez foi também o primeiro desenhista no Brasil a editar publicações didáticas para aprendizes de arte, e muitos dos melhores desenhistas brasileiros profissionais de hoje, senão todos, beberam bastante dessa fonte. Coube à editora paulistana Criativo a primazia de fazer retornar às prateleiras das livrarias os preciosos ensinamentos de Cortez, para benefício das novíssimas gerações de artistas. “O que Jayme Cortez mais ensinou a mim e a todos, foi a experimentar diferentes técnicas e ousar. Os desenhos dele até hoje são estimulantes — quando a gente vê os trabalhos dele, dá vontade de ir imediatamente para a prancheta trabalhar; os desenhos do Cortez nos convidam a dar o primeiro traço.” Franco de Rosa Chegando ao Brasil em 1947, com apenas 21 anos, Jayme Cortez abriu portas para si e para um sem-número de profissionais que se dedicaram à arte da ilustração e dos quadrinhos. Artista múltiplo, excepcionalmente versátil, atuou em várias frentes, produzindo além dos seus excepcionais quadrinhos, muitas peças publicitárias, capas de livros e revistas; ilustrou livros didáticos e literários, e muitos cartazes de cinema — a arte de Cortez fez a diferença numa época em que o País crescia e se modernizava, e a indústria gráfica nacional dava saltos na qualidade e expandia, graças aos aprimoramentos tecnológicos. Como homem de imprensa, Cortez ajudou a consolidar várias editoras e seu maior legado artístico foi descobrir e incentivar artistas que formaram os alicerces das artes gráficas no Brasil, sempre apostando no talento nacional. Nenhum artista do lápis, pincel e pena foi tão fértil quanto Jayme Cortez, nem tão excepcional. O sumário das qualidades inequívocas do Cortez artista está na sua obra didática — é nela que ele se revela um mestre ainda maior e mais generoso do que o foi na sua vida produtiva. O futuro desenhista, em A Técnica do Desenho, passa a conhecer a técnica de Cortez para desenhar cabeças e anatomia masculinas e femininas, desde os esboços; a forma para desenvolver narrativa e estudar o movimento, as proporções e o enquadramento; há ainda o desenho de vestimentas, de objetos, natureza, animais, além do desenho infantil clássico. O álbum também traz textos dos renomados autores José Márcio Nicolosi, Franco de Rosa e Worney A. de Souza sobre o artista e sua obra, que esclarecem por que Jayme Cortez, depois de quase 25 anos passados desde seu falecimento, continua um dos ícones mais representativos e respeitados da arte desenhada nacional. SOBRE O AUTOR Jayme Cortez Martins nasceu em Lisboa, em 8 de setembro de 1926. Autodidata, aprendeu a desenhar estudando os suplementos dominicais de jornais norte-americanos. Precoce, publicou seu primeiro desenho com 9 anos de idade. Em 1944, começou a trabalhar, ainda como aprendiz, no célebre semanário de quadrinhos O Mosquito. Pode-se dizer que o mestre de Cortez foi o venerado quadrinhista português E.T. Coelho, e logo ele estava publicando suas próprias HQs autorais. Cortez imigrou para o Brasil, chegando em São Paulo em março de 1947. Começou a trabalhar no jornal O Dia, fazendo charges políticas. O primeiro quadrinho que fez na nova pátria foi uma adaptação do romance de José de Alencar, O Guarani, em tiras diárias. Depois, passou para A Gazeta Juvenil, em 1949. Dois anos depois, inaugurou uma fase muito festejada por seus admiradores, a de capista das revistas de terror e aventuras da Editora La Selva. Em junho de 1951, entrou para a história pela iniciativa de realizar a 1ª Exposição Mundial de HQ, junto com Miguel Penteado, Syllas Roberg e Álvaro de Moya. Na sequência, como diretor de arte e editor da La Selva, lançou dezenas de títulos de revistas de HQ, de todos os gêneros, abrindo o mercado para autores nacionais, desenhistas e redatores, além de continuar a criar as suas maravilhosas capas. Entre meados dos anos 1960 e 1970 trabalhou em agência de publicidade; ainda nos anos 70 tornou-se diretor de criação de merchandise e cinema de animação de Maurício de Sousa Produções. No decorrer de sua vida foi um assíduo ilustrador de cartazes e pôsteres, realizou-os às dezenas, incluindo peças para clássicos do cinema nacional e internacional. Jayme Cortez morreu em 5 de julho de 1987, na mesma cidade de São Paulo que conquistou com seu imenso talento.
CONTEÚDO Anatomia masculina O estudo do corpo masculino e suas proporções anatômicas de equilíbrio, com análise da representação dos músculos e vestimentas Animais Diferentes técnicas para capturar os volumes, pelos e particularidades de cada animal, definindo sua anatomia a partir da observação Anatomia feminina O corpo feminino, com suas dimensões particulares e estudo do equilíbrio, do movimento e da suavidade dos traços, com atenção nas proporções próprias Cabeças Particularidades ao desenhar cabeças femininas e masculinas, com atenção nos relevos do rosto e nas proporções do crânio natureza Análise do uso de árvores e folhagens para compor uma paisagem, com enfoque nos jogos de contraste entre claro e escuro e leveza e rigidez das formas Objetos Estudo de sombras e luzes projetadas e refletidas pelos objetos do desenho, com esboços cuidadosos para melhor conceber a composição da cena Infantil Traços mais delicados e suaves, com enfoque na decoração e na luz, sem perder a qualidade artística na redução dos traços Técnicas Diferentes usos de ambientação, luz e enfoques para alcançar a intenção dramática do desenhista.
A TÉCNICA DO DESENHO
Editora: Criativo
Autor: Jayme Cortez
ISBN: 978-85-64249-196
Formato: 17 x 24 cm, lombada quadrada 96 páginas
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